As aventuras de ZP - O astronauta do pedacinho do céu.
Congo – Odzala - Ngaga - Ano de 2014 – Dia 350
N0° 24.271' E14° 36.269'
15º Capítulo de: À volta do Mundo 2
Eu tive um amor em Africa - parte XII
Aproxima-se o fim de mais uma aventura. Como sempre, neste momento de pré-partida encontro-me perdido entre dois mundos de distintas referências. De novo o adeus e o retorno a casa, o fazer e o desfazer de malas, o correr da persiana e a dança das memórias que chegarão no sono dos murmúrios eternos da cidade que não me viu nascer.
Respiro e anseio por respirar com mais ardor – eu sei quando o poderei fazer, e será por breves instantes (?)… Mudo de vida frequentemente e o meu coração ajusta-se, contrai-se e expande-se, é curioso, mas não o sinto, e no entanto continuo a respirar, afinal também se pode viver sem o coração!
Sopra um vento espesso que faz abanar a selva, canta um Nicator chloris e bufa o computador arrefecendo-se. Esfrego um olho, apetece-me dormir, estico a rede de dormir e deixo-me embalar pelo vento. Apetecia-me sonhar sem ter que ser o que sou; acordar com a ilusão da felicidade no cérebro e executar funções sem ter que as questionar.
Mas sei que depois da sesta estarei à minha espera, e só, levarei o tempo mais para a frente, mais para longe de ti…
Fecho os olhos e despeço-me de ti.
No mais longínquo lugar do meu ser, te encontrarei,
Até que o fino fio de seda que nos une se quebrar,
Perdidos no labirinto da vida,
Nunca mais os nossos olhos se irão encontrar…
Estas aventuras não foram um romance sem fim, nem por sombras. Tinham os dias contados, assemelhavam-se a qualquer coisa impalpável, a uma receita médica prescrita aquando de uma doença súbita. Lá terei que calçar as botas, regressar de novo à minha pele, e vestir novamente de encarnado o coração em luto. Voltaria a amar? Pois com certeza, mas deixarei de lado o meu coração mutilado. Serei aquilo que desejardes sem terdes que carregar com o fardo de vos querer para sempre!
Congo – Odzala - Ngaga - Ano de 2014 – Dia 350
N0° 24.271' E14° 36.269'
15º Capítulo de: À volta do Mundo 2
Eu tive um amor em Africa - parte XII
Aproxima-se o fim de mais uma aventura. Como sempre, neste momento de pré-partida encontro-me perdido entre dois mundos de distintas referências. De novo o adeus e o retorno a casa, o fazer e o desfazer de malas, o correr da persiana e a dança das memórias que chegarão no sono dos murmúrios eternos da cidade que não me viu nascer.
Respiro e anseio por respirar com mais ardor – eu sei quando o poderei fazer, e será por breves instantes (?)… Mudo de vida frequentemente e o meu coração ajusta-se, contrai-se e expande-se, é curioso, mas não o sinto, e no entanto continuo a respirar, afinal também se pode viver sem o coração!
Sopra um vento espesso que faz abanar a selva, canta um Nicator chloris e bufa o computador arrefecendo-se. Esfrego um olho, apetece-me dormir, estico a rede de dormir e deixo-me embalar pelo vento. Apetecia-me sonhar sem ter que ser o que sou; acordar com a ilusão da felicidade no cérebro e executar funções sem ter que as questionar.
Mas sei que depois da sesta estarei à minha espera, e só, levarei o tempo mais para a frente, mais para longe de ti…
Fecho os olhos e despeço-me de ti.
No mais longínquo lugar do meu ser, te encontrarei,
Até que o fino fio de seda que nos une se quebrar,
Perdidos no labirinto da vida,
Nunca mais os nossos olhos se irão encontrar…
Estas aventuras não foram um romance sem fim, nem por sombras. Tinham os dias contados, assemelhavam-se a qualquer coisa impalpável, a uma receita médica prescrita aquando de uma doença súbita. Lá terei que calçar as botas, regressar de novo à minha pele, e vestir novamente de encarnado o coração em luto. Voltaria a amar? Pois com certeza, mas deixarei de lado o meu coração mutilado. Serei aquilo que desejardes sem terdes que carregar com o fardo de vos querer para sempre!
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