As aventuras de ZP - O astronauta do pedacinho do céu.
Congo – Odzala - Ngaga - Ano de 2014 – Dia 312
N0° 24.271' E14° 36.269'
12º Capítulo de: À volta do Mundo 2
Eu tive um amor em Africa - parte IX
Às vezes é assim… lembramo-nos de alguém, vindo do nada, vindo da solidão. Inconsequentemente pensamos que poderemos vir a ser consequentes, com palavras vertidas do coração – lamechas – fraqueza humana… Está calor e a selva distorce-se defronte do meu olhar distante. Vejo as minhas palavras a caírem nos teus lábios, uma por uma, transformando o sabor das frases, edificando ideias, trazendo à superfície preconceitos – perdas e ganhos – Apetece-me amar e o acaso surgiu – é solidão, pura solidão. Lembro-me da tropa e das cartas recebidas encerradas entre os dentes enquanto se suava e se dizia entre felizes sorrisos – Escreveste-me, fodeste-me! Eu não tive essa sorte, a de inchar flexões por causa das cartas de amor recebidas e entregues pelo sargento. E assim eu me sinto - aqui no umbigo do mundo – só.
Que te surpreendam as minhas palavras caídas do nada na menina dos teus olhos! Assim aleatoriamente vestidas de ideias feitas, ou devidamente despidas de preconceitos. Não pretender nada de elas seria falso, e no minino seria só para ganhar a tua atenção já conquistada! Ler não é só saber passear os olhos pelas palavras… Ler é poder ver para lá do que as palavras têm para oferecer.
Olá, como estás tu, como vai o Outono por aí? É escusado dizer-te quem eu sou, apesar de não nos conhecer-mos, mas que importância tem isso!
O tempo é um leitmotiv, que invariavelmente se utiliza para entabular diálogo entre estranhos e não tão estranhos, pois quando chove e nos molhamos sabemos o que a chuva é. Tal como o ditado popular o diz: O sol quando nasce, nasce para todos. E apesar da distância que nos separa o Sol cobriu a noite à mesma hora. E tu foste dormir, debaixo dos cobertores, da noite fria, e eu fiz o mesmo apesar da distância ao equador, ao Sol – 12 horas de luz, coração frio, aconchego do sono – e ambos sonhamos debruçados sobre o mesmo dia findado.
Às vezes é assim; falamos para as paredes, sonhamos alto, falamos para dentro, para os nossos botões, aproximamo-nos da loucura sem querer, e a afastamos com palavras arrancadas do coração e atiradas para o vazio…
Congo – Odzala - Ngaga - Ano de 2014 – Dia 312
N0° 24.271' E14° 36.269'
12º Capítulo de: À volta do Mundo 2
Eu tive um amor em Africa - parte IX
Às vezes é assim… lembramo-nos de alguém, vindo do nada, vindo da solidão. Inconsequentemente pensamos que poderemos vir a ser consequentes, com palavras vertidas do coração – lamechas – fraqueza humana… Está calor e a selva distorce-se defronte do meu olhar distante. Vejo as minhas palavras a caírem nos teus lábios, uma por uma, transformando o sabor das frases, edificando ideias, trazendo à superfície preconceitos – perdas e ganhos – Apetece-me amar e o acaso surgiu – é solidão, pura solidão. Lembro-me da tropa e das cartas recebidas encerradas entre os dentes enquanto se suava e se dizia entre felizes sorrisos – Escreveste-me, fodeste-me! Eu não tive essa sorte, a de inchar flexões por causa das cartas de amor recebidas e entregues pelo sargento. E assim eu me sinto - aqui no umbigo do mundo – só.
Que te surpreendam as minhas palavras caídas do nada na menina dos teus olhos! Assim aleatoriamente vestidas de ideias feitas, ou devidamente despidas de preconceitos. Não pretender nada de elas seria falso, e no minino seria só para ganhar a tua atenção já conquistada! Ler não é só saber passear os olhos pelas palavras… Ler é poder ver para lá do que as palavras têm para oferecer.
Olá, como estás tu, como vai o Outono por aí? É escusado dizer-te quem eu sou, apesar de não nos conhecer-mos, mas que importância tem isso!
O tempo é um leitmotiv, que invariavelmente se utiliza para entabular diálogo entre estranhos e não tão estranhos, pois quando chove e nos molhamos sabemos o que a chuva é. Tal como o ditado popular o diz: O sol quando nasce, nasce para todos. E apesar da distância que nos separa o Sol cobriu a noite à mesma hora. E tu foste dormir, debaixo dos cobertores, da noite fria, e eu fiz o mesmo apesar da distância ao equador, ao Sol – 12 horas de luz, coração frio, aconchego do sono – e ambos sonhamos debruçados sobre o mesmo dia findado.
Às vezes é assim; falamos para as paredes, sonhamos alto, falamos para dentro, para os nossos botões, aproximamo-nos da loucura sem querer, e a afastamos com palavras arrancadas do coração e atiradas para o vazio…
12º Capítulo de: À volta do Mundo 2.docx |