A semente da existência
Não sei a quem escrever nem o que ei-de escrever, as palavras agarram-se ao papel atraídas pelo vazio, preencho o meu tempo como se fosse barato com exercícios de autoanálise, aqui e ali um canto canoro para decifrar, metamorfoseado em letras, em nomes. Asso-o o nariz ruidosamente; tórpido e lentamente volto ao meu lugar, desconcentrado, sem direcção, adoentado, impotente.
Todos nós podemos preencher o tempo das nossas vidas com coisas para fazer relegando-nos (à nossa essência) para o conforto de um lugar a onde não nos questionamos. Inclusivamente quando socialmente o momento é oportuno, expressamo-nos com “chavões” de Homens e Mulheres que um dia pensaram por si próprios, socorremo-nos em eles com mais ou menos ou nenhuma mestria, relegámos-lhes a nossa responsabilidade de não sabermos quem somos nós.
Ter sentido prático, ser-se pragmático, levar a vida como uma parelha de bois leva uma carroça – em frente, sempre em frente, uma linha, um ponto, um destino.
Como se constrói uma vida? Desconstruindo-a à medida que a vamos construindo. Momento a momento, colocamos e tiramos peças, apercebendo-nos da sua trivialidade, verificamos que a construção é uma falacia pois a raiz do seu processo reside num impermanente processo que sabemos de antemão não o conhecer.
Aquilo que dever-nos-emos concentrar e procurar é a raiz da nossa ignorância!
Estamos longe de a termos encontrado quando nos damos conta de que “Só sei que nada sei”; inclinar-nos-emos sobre o nada e despidos de tudo - entremos nesse universo - literalmente de tudo, de todos os valores aprendidos - consciente e inconscientemente. Essa é a porta da derradeira compreensão, trespassando-a teremos à nossa frente a semente da existência!
20 de Novembro de 2014
Não sei a quem escrever nem o que ei-de escrever, as palavras agarram-se ao papel atraídas pelo vazio, preencho o meu tempo como se fosse barato com exercícios de autoanálise, aqui e ali um canto canoro para decifrar, metamorfoseado em letras, em nomes. Asso-o o nariz ruidosamente; tórpido e lentamente volto ao meu lugar, desconcentrado, sem direcção, adoentado, impotente.
Todos nós podemos preencher o tempo das nossas vidas com coisas para fazer relegando-nos (à nossa essência) para o conforto de um lugar a onde não nos questionamos. Inclusivamente quando socialmente o momento é oportuno, expressamo-nos com “chavões” de Homens e Mulheres que um dia pensaram por si próprios, socorremo-nos em eles com mais ou menos ou nenhuma mestria, relegámos-lhes a nossa responsabilidade de não sabermos quem somos nós.
Ter sentido prático, ser-se pragmático, levar a vida como uma parelha de bois leva uma carroça – em frente, sempre em frente, uma linha, um ponto, um destino.
Como se constrói uma vida? Desconstruindo-a à medida que a vamos construindo. Momento a momento, colocamos e tiramos peças, apercebendo-nos da sua trivialidade, verificamos que a construção é uma falacia pois a raiz do seu processo reside num impermanente processo que sabemos de antemão não o conhecer.
Aquilo que dever-nos-emos concentrar e procurar é a raiz da nossa ignorância!
Estamos longe de a termos encontrado quando nos damos conta de que “Só sei que nada sei”; inclinar-nos-emos sobre o nada e despidos de tudo - entremos nesse universo - literalmente de tudo, de todos os valores aprendidos - consciente e inconscientemente. Essa é a porta da derradeira compreensão, trespassando-a teremos à nossa frente a semente da existência!
20 de Novembro de 2014
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