E assim começa a vida…
Quando inexplicavelmente mergulhámos no sonho;
Fora da realidade - da pele que aprisiona o corpo envenenado pelo pensamento,
Explode o momento…
Expando-me e navego para longe do meu ser;
Estilhaça-se o espelho da vida em mil pedaços,
Espalham-se no espaço pequenos reflexos de mim,
Voo e vejo-me a voar,
Não sei mais quem eu sou!
Não quero voltar a ser;
E que esta folha branca seja testemunha disso.
Voo na escuridão da noite,
Sou a electricidade que vos fere a intimidade,
A ideia errada no preciso momento.
Sou aquele que nunca sonharam ser -
O vazio!
No meu olhar jaz o sonho do homem.
O meu ser reside para lá do horizonte,
Á procura de outro olhar.
Do meu próprio olhar.
Roche Percèe, Abril 2014