Se pudesse fundir-me na noite…
Deixaria para trás o Sol, que me levanta todos os dias;
Todas as questões ficariam resolvidas pela simples e absoluta escuridão;
E a claridade de uma vida virada para o Sol deixaria de me cegar.
Estou cansado de ser quem sou;
E sou quem não sei quem Ser.
Acordo mais pesado cada dia que passa,
Percorro a noite à luz dos pensamentos.
Onde reside a fonte para matar-me a sede de viver?
Onde se encontra o caminho por onde devo prosseguir?
Não me distraiam, e eu me destruo.
Eu? Quem sou eu?
E tu? Quem és tu?
E entro no sonho do sono -
Com o coração a correr,
E o corpo a morrer
Envelheço.
Roche Percée, Março de 2014
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