Jamais saboreei lágrima tão salgada
Como esta que acabou de falecer;
Entre os tristes lábios secos sem amor
Nascida da concha da minha alma.
Caiu do alto do meu olhar,
Lá de cima onde brilham as estrelas.
Abriu cratera no meu coração,
Cor cinza claro de lua cheia.
Nova perola surgirá,
Da concha da minha alma;
Criada no coração,
Na dor de não se amar.
Se um dia não houver,
Mais perolas cinzas no mar do amar,
Deixarão de haver almas,
No céu a cintilar -
Pois amar é chorar!
Porto, 11 de Outubro de 2015