O deséjo da Verdade
Enquanto saboreio um péssego,
Maduro, penso no gosto da vida:
Pelos lábios corre o tempo,
Veloz escorre o sumo entre os dedos.
E logo apresso-me a lavar as mãos,
E num minuto o sabor esvai-se;
Mais tarde, no mesmo lugar,
Vem o Sol por-se,
Entre as ideias de um homem,
Há também as nuvens,
Como se fossem os outros,
Aqueles que nos fazem sombra,
E que habitam dentro de nós.
E de novo o Sol,
E a mesa de pinho transforma-se em ouro,
E o estar, breve, leve, desaparece...
Reaparecendo pouco depois,
Sobre a forma de um animal-
Tu, ou poderia ser Eu,
Com deséjos vindos de algum lado,
Desse lado estranho, oculto que te comanda,
E te diz no íntimo: come um péssego,
E enquanto saboreias um péssego,
Ocorre-te um súbito deséjo,
O deséjo da Verdade!
Gugny, Biebrza, Polónia 29 de Junho de 2011
Enquanto saboreio um péssego,
Maduro, penso no gosto da vida:
Pelos lábios corre o tempo,
Veloz escorre o sumo entre os dedos.
E logo apresso-me a lavar as mãos,
E num minuto o sabor esvai-se;
Mais tarde, no mesmo lugar,
Vem o Sol por-se,
Entre as ideias de um homem,
Há também as nuvens,
Como se fossem os outros,
Aqueles que nos fazem sombra,
E que habitam dentro de nós.
E de novo o Sol,
E a mesa de pinho transforma-se em ouro,
E o estar, breve, leve, desaparece...
Reaparecendo pouco depois,
Sobre a forma de um animal-
Tu, ou poderia ser Eu,
Com deséjos vindos de algum lado,
Desse lado estranho, oculto que te comanda,
E te diz no íntimo: come um péssego,
E enquanto saboreias um péssego,
Ocorre-te um súbito deséjo,
O deséjo da Verdade!
Gugny, Biebrza, Polónia 29 de Junho de 2011