Réptil
Mudo de pele, metamorfoseio-me,
Reptil transpirando memorias ao sol.
Quem era aquele ser a caminho do esquecimento?
Vejo-me partir,
Vejo-me partido – dois seres num só coração.
Eternamente aleijado…
Deparo-me com o assombroso novo ser…
Escama após escama,
Externalidades, incompreensibilidades, assombramentos,
Erecções, contrações,
Expirações, inspirações.
Desilusões, aspirações…
Sou um novo ser, tenho uma nova pele;
Olho-me ao espelho, vendo-vos –
Os sulcos das lágrimas do tempo,
O vermelho desbotado dos beijos do passado,
O nevoeiro levantando-se sobre a luz do olhar,
O cabelo cansado da juventude,
Músculos domados pela rotina do tempo,
As ilusões – espelhos dos rostos, paisagens de pele e alma –
Ilusões, perdidas no espaço.
Somos,
Nós,
Seres,
Humanos.
Ngaga 23 de Novembro
Mudo de pele, metamorfoseio-me,
Reptil transpirando memorias ao sol.
Quem era aquele ser a caminho do esquecimento?
Vejo-me partir,
Vejo-me partido – dois seres num só coração.
Eternamente aleijado…
Deparo-me com o assombroso novo ser…
Escama após escama,
Externalidades, incompreensibilidades, assombramentos,
Erecções, contrações,
Expirações, inspirações.
Desilusões, aspirações…
Sou um novo ser, tenho uma nova pele;
Olho-me ao espelho, vendo-vos –
Os sulcos das lágrimas do tempo,
O vermelho desbotado dos beijos do passado,
O nevoeiro levantando-se sobre a luz do olhar,
O cabelo cansado da juventude,
Músculos domados pela rotina do tempo,
As ilusões – espelhos dos rostos, paisagens de pele e alma –
Ilusões, perdidas no espaço.
Somos,
Nós,
Seres,
Humanos.
Ngaga 23 de Novembro
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