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Eu tive um amor em Africa – parte I

7/16/2014

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As aventuras de ZP - O astronauta do pedacinho do céu.

Congo – Odzála - Ngaga - Ano de 2014 - Dia 196

N0° 24.271' E14°36.269'

4º Capítulo de: À volta do Mundo 2


Eu tive um amor em Africa – parte I

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 0, ignição,lançamento!

Agarrado ao assento prisioneiro da máquina que me comanda princípio a viajem com o coração
desmantelado. Desta vez percorro caminho sozinho acompanhado pelas memórias do
passado e encontro-me dividido, pois o meu corpo permanece desalmado sem a alma
que ainda vem a caminho porque atrasou-se na partida; tardou em chegar, porque
se encontrava dispersa pelos lugares a onde juntos tínhamos vivido. Ia e vinha,
ora ao teu encontro, ora ao meu; quando ela me alcançava havia momentos onde o
meu olhar repousava mais à frente na linha do horizonte, tranquilizando-me,
porem também o meu olhar era conduzido ao caminho do inferno que ardia no meu
coração – o que renasceria das cinzas do amor? Tentava aliviar a dor
projectando-me no futuro, mas o fogo que ardia no meu peito as suas labaredas
alcançavam até o futuro consumindo todo o meu ser. Engolia em seco, mas ainda
não estalavam os meus ouvidos, a viajem recém a tinha iniciado e já as lágrimas
secavam na praia dos meus olhos – grãos de areia de um mar de sentimentos, e
vagas de amor transformadas em dor banhavam a minha alma; afinal era eu quem
amava mais…?Havia momentos em que me sentia agoniado, mas a dor incorpórea não
tinha como a vomitar. O amor por ti envenenava-me lentamente. 
 
A viajem tornar-se ia única, e já sobre a terra e sob céu, estalavam agora os ouvidos e comodamente
instalava-se agora a angustia, não tinha como escapá-la e em seu prol quase perdi o controlo da nave que me carrega. 
 
Entre culturas e a um terço do caminho, aterrara, e encontrava-me desencontrado; havia sítios no
mundo onde nunca os animais deveriam ter sido substituídos por máquinas, para o
bem de nós e de eles. Mas em Africa a máquina nunca poderá triunfar, venham ao
Congo e estarão mais próximos do que realmente somos e de aquilo a que eu me
refiro. E foi nas ruas de Brazzaville que voltei a rever a natureza da nossa
natureza -nas intermináveis filas de automóveis os humanos sentados aos seus
volantes perdiam a sua humanidade para logo a reganharem na poeira da estrada
levantada que se misturava com o calor e que os envolvia como se de uma camada
protectora se tratasse contra a ditadura da máquina. A Natureza governava devido
a lassidão de um povo que a permitia governar sabendo sem saber que ela iria
triunfar – quer fosse pela riqueza abundante que oferecia, e que, teve, tem e
trará consequências desastrosas para o seu Povo, fosse pela negligencia do seu
comportamento face aos seus mortais inclinos.

Mais a norte a selva engoliria o agora pequeno engenho voador pilotado por duas
estranhas mulheres do continente que levemente aterraram num sítio onde ninguém,
absolutamente ninguém era loiro e tinha olhos azuis como eram e tinham essas mulheres. 

O cheiro agora era outro e o azedo da mandioca cozida, mesclado com as sucessivas camadas de suor
impregnadas na roupa do companheiro sentado ao meu lado rapidamente me trouxeram
de volta à Africa negra; e na picada de terra batida o land cruiser deixava para
trás a recta da savana para entrar na curva da floresta que nos dava as boas
vidas com os sucessivos saltos e solavancos provocados por um caminho indomável.
A noite tinha caído como só cai junto ao equador - abruptamente e com o Jeep à
pinha de gente a falar em tom alto e as mercadorias em contínua interacção
misturados com a música estridente que jorrava nos meus ouvidos, comecei a ficar
triste com o déja vu que se me mostrava.

E aqui entravas tu, neste filme de regresso ao passado onde desempenhavas o papel de
protagonista. Quantas e quantas vezes a viajem de regresso à selva foi assim! Quantas e
quantas vezes a gordurosa baguete, o precioso ananás, ou a doce papaia chegaram
deformados! Era simples a vida quando não nos preocupávamos com esses detalhes…
E tínhamos um rádio com um arame especial que nos possibilitava ouvir o outro
lado da civilização com maior qualidade. Hoje liguei-o pela primeira vez e as
notícias pareciam as mesmas de sempre - " mais de uma centena de mortos palestinianos
provocados pelos bombardeamentos dos Israelitas na faixa de Gaza". O Povo e o
pão continuamente esmagados, coincidência…O meu coração também se esmagava
contra o teu quando agora te amava em sonhos, precisamente a noite passada,
depois de um breve olhar pela televisão onde as cadeiras para os turistas tinham
sido trazidas e dispostas à sua frente e seriam ocupadas por eles e que alguns
deles viriam a sua equipa triunfar, já eu tinha ido dormir pois tinha que
acordar cedo para na manhã seguinte substituir o guia que tinha caído doente com
malaria; sim nessa noite onde no sono voltaria a beijar o teu sorriso, numa
praça envolta de velhos edifícios, coloniais diria eu, talvez fosse Granada a
cidade nicaraguense colonial por excelência, talvez…

Continua…

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