As aventuras de ZP - O astronauta do pedacinho do céu.
Congo – Odzala - Ngaga - Ano de 2014 – Dia 296
N0° 24.271' E14° 36.269'
10º Capítulo de: À volta do Mundo 2
Eu tive um amor em Africa - parte VII
Não voo, mas pairo, sobre um Mundo repetido – a eterna repetição do mesmo pensamento. Se o Planeta Terra está em perda acelerada da sua multidiversidade – cultural, biológica e ideológica, isso deve-se à hegemonia de um só pensamento – ser-se feliz é poder construir um Mundo onde o individuo não sofra. Então define-se e perpectua-se o sofrimento e depois estabelece-se e configura-se a felicidade.
Mas não me apetece ir por aí, por agora… Apetece-me antes saborear a preguiça de não pensar, associar-me ao vento, ao canto da cigarra e do pássaro, deixar os meus olhos tingirem-se de verde, e a minha mente transparente. Regressar de novo ao meu corpo e deixa-lo de novo repousado sentado na cadeira. Essa será a ginástica do atleta de baixa competição, o exercício do aprendiz de sábio. Pratica-lo é contempla-lo!
Trocamos palavras, experiências transformadas em palavras tu e eu em sítios literalmente opostos, mas poderemos nós mergulhar na mesma consciência?
Desabitua-te do hábito e habitua-te a desabituar-te!
Tantos planos feitos aquando separados, pois quando estávamos juntos fazia-mos planos para nos separarmos! A nossa vida não coincidia com a vida que girava à nossa volta e como tal haveria que muda-la de acordo com a vida que gira à nossa volta – não eramos intervenientes da mudança, pois a mudança opera-se por si própria e mesmo que assim não acontecesse (não houvesse mudança), nada faria com que a estructura do sistema / da sociedade se alterasse. Os padrões estabelecidos pela ordem vigente são rígidas estructuras inamovíveis, todo e qualquer individuo que os questione ver-se-á obrigado/a a contorna-los pois eles (padrões) metamorfosearam-se em edifícios de poder, “solidas” torres de controlo de uns sobre os outros. A matéria maleável, democrática, orgânica, mutável, do pensamento perdeu as suas qualidades primordiais, evolutivas, em prol de um punhado de mentes captas que com o nosso consentimento o foram moldando, fossilizando, aniquilando-o – o pensamento.
Demolir a estructura do poder é capital para que o poder possa de novo regressar ao pensamento.
Congo – Odzala - Ngaga - Ano de 2014 – Dia 296
N0° 24.271' E14° 36.269'
10º Capítulo de: À volta do Mundo 2
Eu tive um amor em Africa - parte VII
Não voo, mas pairo, sobre um Mundo repetido – a eterna repetição do mesmo pensamento. Se o Planeta Terra está em perda acelerada da sua multidiversidade – cultural, biológica e ideológica, isso deve-se à hegemonia de um só pensamento – ser-se feliz é poder construir um Mundo onde o individuo não sofra. Então define-se e perpectua-se o sofrimento e depois estabelece-se e configura-se a felicidade.
Mas não me apetece ir por aí, por agora… Apetece-me antes saborear a preguiça de não pensar, associar-me ao vento, ao canto da cigarra e do pássaro, deixar os meus olhos tingirem-se de verde, e a minha mente transparente. Regressar de novo ao meu corpo e deixa-lo de novo repousado sentado na cadeira. Essa será a ginástica do atleta de baixa competição, o exercício do aprendiz de sábio. Pratica-lo é contempla-lo!
Trocamos palavras, experiências transformadas em palavras tu e eu em sítios literalmente opostos, mas poderemos nós mergulhar na mesma consciência?
Desabitua-te do hábito e habitua-te a desabituar-te!
Tantos planos feitos aquando separados, pois quando estávamos juntos fazia-mos planos para nos separarmos! A nossa vida não coincidia com a vida que girava à nossa volta e como tal haveria que muda-la de acordo com a vida que gira à nossa volta – não eramos intervenientes da mudança, pois a mudança opera-se por si própria e mesmo que assim não acontecesse (não houvesse mudança), nada faria com que a estructura do sistema / da sociedade se alterasse. Os padrões estabelecidos pela ordem vigente são rígidas estructuras inamovíveis, todo e qualquer individuo que os questione ver-se-á obrigado/a a contorna-los pois eles (padrões) metamorfosearam-se em edifícios de poder, “solidas” torres de controlo de uns sobre os outros. A matéria maleável, democrática, orgânica, mutável, do pensamento perdeu as suas qualidades primordiais, evolutivas, em prol de um punhado de mentes captas que com o nosso consentimento o foram moldando, fossilizando, aniquilando-o – o pensamento.
Demolir a estructura do poder é capital para que o poder possa de novo regressar ao pensamento.
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