Diluídas no passado as memórias revisitam-nos de quando em quando, lembrando-nos o que somos mas nunca revelando o seu significado, pois ele é parte exclusiva do presente e parafraseando Siddhartha – “Nos somos o que pensamos havendo-nos tornado naquilo em que havíamos pensado”... As memórias aprisionam-nos quando não sabemos a onde residem no presente; ficamos totalmente desamparados aquando da sua contemplação e não há quem sobreviva à sua perscrutação quando determinantemente se alheia do presente. O seu segredo reside no presente, o seu valor, reside no presente, a sua razão de existir deve-se exclusivamente ao presente. Mas não se enganem ao pensar que obvio é, que só assim elas terão valor; não, pois não é a qualidade de se estar vivo (presente) que lhes atribui valor (memórias) mas sim um presente (obviamente vivo) alicerçado numa história (passado/memória) que enaltece a vida (presente).
Há uma linha conductora que nos une para trás e para a frente (o futuro é uma
mera consequência do passado) onde livremente viajamos (quando nos sentimos
livres) mas cuja sua raiz - que alimenta o agora / a árvore - se encontra
alojada lá para trás, no passado! Quando interrompido o fluxo entre a raiz e
árvore, a árvore secará, o presente morrerá. Está é a condição / estado a onde
se encontra a nossa civilização; estamos a secar mesmo atolados em
memórias!
Wyndham, Australia Ocidental, Abril 2013
Há uma linha conductora que nos une para trás e para a frente (o futuro é uma
mera consequência do passado) onde livremente viajamos (quando nos sentimos
livres) mas cuja sua raiz - que alimenta o agora / a árvore - se encontra
alojada lá para trás, no passado! Quando interrompido o fluxo entre a raiz e
árvore, a árvore secará, o presente morrerá. Está é a condição / estado a onde
se encontra a nossa civilização; estamos a secar mesmo atolados em
memórias!
Wyndham, Australia Ocidental, Abril 2013