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Eu tive um amor em Africa - parte X

11/25/2014

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As aventuras de ZP - O astronauta do pedacinho do céu.

Congo – Odzala - Ngaga - Ano de 2014 – Dia 342

N0° 24.271' E14° 36.269'

13º Capítulo de: À volta do Mundo 2

Eu tive um amor em Africa - parte X

 

Segunda-feira, vestida de domingo, dia livre despertado sobre uma cama desconfortável e solitária, os pensamentos apresaram-se formando uma linha ordenada hierarquicamente comandada talvez pelo meu ego… Chegavas tu, depois de me ter levantado para desligar o alarme que começava a silvar lá pelas 6:10 e se misturava com os murmúrios da gente da aldeia dos trabalhadores; a tua pele metamorfoseava-se na pele de outro ser, tateava-a e navegava entre dois mundos de aparências diferentes mas com sabores idênticos. O mundo novo que abraçava com jeitos antigos cabia dentro do meu mundo, envolvia-o aprisionando-o entre os meus braços e o meu olhar. Perscrutava uma nova paisagem – mais curta, acidentada, assustada não sei bem porquê, se devido ao passado, se devido ao momento; Uma fonte húmida esperava a minha chegada; e eu contemplava-vos a ti e a ela com o pensamento a fugir-me e a fustigar-me, não tinha presa, mas cansava-me rapidamente…

Esperei que passa-se o tempo, pois não queria expor-me ao lixo e dar-me ao luxo de começar mal o dia… Falhei por raspão e lá estava aquele homem transtornado envergando uma mascara que já não lhe tapava nada vincando ainda mais a sua podridão, o fedor da humanidade. Nunca aprenderei a viver com a falsidade, e pretender que não vejo e sinto o cheiro da merda que se me depara no caminho.

Regressara ao meu canto onde a orquestra já principiara o seu prelúdio – não havia uma nota discordante, uma folha fora do sítio e lembrem-se que tinha à minha frente o coração do mundo – a selva africana.

Prelúdios e fugas de Shostakovich tocavam paralelamente com a orquestra congolesa, mas uma a uma as notas de piano martelavam o meu coração, provocando comoção e inchando a minha garganta impossibilitando-me de engolir o pequeno-almoço. Tive que me concentrar na companhia do livro – seco, rectilínio, mudo, indiferente; e transitava entre os teus seios e os dela, a profundidade dos olhares, as distintas voluptuosidades de ambas, os segredos guardados, só no pensamento… Havia um sabor doce-amargo nos lábios do meu pensamento, havia uma pequena sensação de que o amor envelhecerá, se tornara mais maduro, independente…Ainda não tinha a certeza mas sabia que a vida avançara em direcção à morte – como haveria eu de espreme-la sem que a perdesse para sempre, para a morte?    

 

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Eu tive um amor em Africa - parte IX

11/15/2014

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As aventuras de ZP - O astronauta do pedacinho do céu.

Congo – Odzala - Ngaga - Ano de 2014 – Dia 312

N0° 24.271' E14° 36.269'

12º Capítulo de: À volta do Mundo 2

Eu tive um amor em Africa - parte IX

 

Às vezes é assim… lembramo-nos de alguém, vindo do nada, vindo da solidão. Inconsequentemente pensamos que poderemos vir a ser consequentes, com palavras vertidas do coração – lamechas – fraqueza humana… Está calor e a selva distorce-se defronte do meu olhar distante. Vejo as minhas palavras a caírem nos teus lábios, uma por uma, transformando o sabor das frases, edificando ideias, trazendo à superfície preconceitos – perdas e ganhos – Apetece-me amar e o acaso surgiu – é solidão, pura solidão. Lembro-me da tropa e das cartas recebidas encerradas entre os dentes enquanto se suava e se dizia entre felizes sorrisos – Escreveste-me, fodeste-me! Eu não tive essa sorte, a de inchar flexões por causa das cartas de amor recebidas e entregues pelo sargento. E assim eu me sinto - aqui no umbigo do mundo – só.

Que te surpreendam as minhas palavras caídas do nada na menina dos teus olhos! Assim aleatoriamente vestidas de ideias feitas, ou devidamente despidas de preconceitos. Não pretender nada de elas seria falso, e no minino seria só para ganhar a tua atenção já conquistada! Ler não é só saber passear os olhos pelas palavras… Ler é poder ver para lá do que as palavras têm para oferecer.

Olá, como estás tu, como vai o Outono por aí? É escusado dizer-te quem eu sou, apesar de não nos conhecer-mos, mas que importância tem isso!

O tempo é um leitmotiv, que invariavelmente se utiliza para entabular diálogo entre estranhos e não tão estranhos, pois quando chove e nos molhamos sabemos o que a chuva é. Tal como o ditado popular o diz: O sol quando nasce, nasce para todos. E apesar da distância que nos separa o Sol cobriu a noite à mesma hora. E tu foste dormir, debaixo dos cobertores, da noite fria, e eu fiz o mesmo apesar da distância ao equador, ao Sol – 12 horas de luz, coração frio, aconchego do sono – e ambos sonhamos debruçados sobre o mesmo dia findado.

Às vezes é assim; falamos para as paredes, sonhamos alto, falamos para dentro, para os nossos botões, aproximamo-nos da loucura sem querer, e a afastamos com palavras arrancadas do coração e atiradas para o vazio…

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Eu tive um amor em Africa - parte VIII

11/11/2014

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As aventuras de ZP - O astronauta do pedacinho do céu.

Congo – Odzala - Ngaga - Ano de 2014 – Dia 312

N0° 24.271' E14° 36.269'

11º Capítulo de: À volta do Mundo 2

Eu tive um amor em Africa - parte VIII

 

Chegou a primeira coluna de chuva. È uma pequena chuva leve, tilintante, cinzenta clara que não tem força para ocultar o ruido de uma segunda coluna de chuva que em trote se aproxima e destemida se anuncia pisando o verde telhado vivo da floresta tropical com um característico som retirado do baú das memórias de quem viveu num tempo onde as televisões se apagavam porque as emissões terminavam. É sem dúvida um som do passado e em vias de extinção, pois as gerações que adormeceram defronte da televisão ligada e que acordariam mais tarde defronte de uma sonora chuva seca à espera de ser desligada, comprimida num minúsculo ponto de luz, que se apagaria, dando lugar a um reflexo familiar – um candeeiro, um sofá, uma destorcida imagem humana, simplesmente envelheceram e um dia padecerão, levando com elas o baú das memórias vividas para lá do conhecido, do terrestre.

Abanam as árvores as suas rebeldes cabeleiras à passagem das espessas correntes de ar provocadas pelas maciças colunas de nuvens que se apressam em ocupar os seus devidos lugares nos balcões, camarotes e camarins, para o espetáculo que ainda não começou mas que já se anunciou – empurram-se entre elas, balofas, voluminosas, independentes, e despenteiam a plateia, sopram-lhe no rosto desempoeirando-o, abrindo-lhes as caras levando pelos ares as folhas que já foram verdes e que se esponjavam ao sol mas onde agora o seu destino será o andar de baixo, a sombra, a podridão, a metamorfose, a terra, e não à de tardar muito para que voltem de novo a subir aos céus para se aquecerem ao Sol. Aterradas as árvores, agarram-se umas às outras, as que podem, e as que não podem agarram-se como se agarram os faróis à beira mar – com audácia. È um momento expectante, há suspense no ar…Uma árvore quando cai, produz um som característico, familiar, esse é o som da morte; breve, imutável, implacável.

A selva é um organismo em constante transformação cuja sua principal característica reside numa permanente impermanência de uma ordem desordenada. Confunde-nos, a nós - mortais seres temporais - com o seu obscuro exemplo de ser um lugar onde todos os seres vivos - em determinada hora e lugar - lideram todo o conjunto, sem se apoderarem da estructura a onde fazem parte. Não nos conseguimos rever na selva… Contudo à semelhança da selva, a vida, a nossa vida, adquiriu contornos semelhantes pois o conflito gerado entre o racional - premeditado e o irracional - fruto do acaso (intrincadas variáveis) - estão frequentemente em diálogo. A selva é o exemplo mais próximo e mais perfeito à Anarquia – a ordem no caos –se não for mesmo o único exemplo presente na geosfera.  

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