Nas mãos do tempo
Ponho nas mãos do tempo o meu amor.
O Inverno veio para ficar, até quando… não sei.
Lá no canto empurrado pela dor hiberna o coração.
Uma fina camada de pó começa a cobrir-lhe a cor.
Bate, mas não voa.
Serei o espelho das tuas palavras, quando elas chegarem até mim.
E as minhas palavras não mais as lançarei sobre o pano da vida.
Daqui para a frente restar-me-á ser quem não fui.
Um novo ser ainda sem saber como estar,
Se ao lado da dor, se ao lado do amor.
Porto 27 de Fevereiro de 2015
Nas mãos do tempo - por ZP.docx |