Fecho os olhos e beijo o mundo,
Quando pouso os meus lábios sobre os teus.
E quando um sorriso nasce do teu ser,
Tenho a impressão de entender o Universo.
Que simples que é a vida!
Quão poderoso é o amor!
Porto 4 de Junho de 2015
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Fecho os olhos e beijo o mundo, Quando pouso os meus lábios sobre os teus. E quando um sorriso nasce do teu ser, Tenho a impressão de entender o Universo. Que simples que é a vida! Quão poderoso é o amor! Porto 4 de Junho de 2015
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Vida
Incrédula, a vida, olhou para mim como quem olha para o vazio, Girou sobre o seu centro e deslocou-se da sua efémera existência, Despediu-se das artificialidades, viu-se perante o espelho, e partiu. Fiquei a olhar para ela sem saber como reagir… Porto, 30 de Março de 2015 O último alento Espreguiço-me sobre as ondas do pensamento, Onde abstractos desejos navegam sobre a minha pele. O meu amor por ti tem contornos divinos – Suaves colinas do teu corpo onde bate um coração, Longos caminhos até chegar a profundos anseios – Dos pés às tuas pernas, das tuas pernas às minhas mãos, Dum lado o Sol, do outro a Lua – Selvas misteriosas onde o meu desejo penetrará, E o universo aos nossos olhos se abrirá; Ebúrneas montanhas transpiradas, Vales e rios de desejos, Da minha boca até ao teu segredo, Do teu segredo ao meu coração, Do meu coração à tua alma, Da tua alma ao meu coração, Do meu coração ao teu segredo, Do teu segredo à minha boca; Lábios contra lábios, Matamos a sede do amor! Porto, 30 de Junho de 2014 "Memórias de um amor perdido" Mornington - Western Australia 2008 O meu coração deixou de habitar no meu peito, Fugiu com os olhos que te viram partir, Também eles partiram deixando-me agarrado às memórias; Tudo à minha volta, gira à tua volta; Tudo dentro de mim, se vislumbra dentro de ti; Todos os caminhos se cruzam com o teu ser, Todo o meu ser se perde nos teus caminhos. Seca a minha boca sem os teus beijos, Vazio o espaço entre as minhas mãos, Nua a minha pele sem a tua; Deixei de existir, Só porque te amo. Porto, Junho 2014
Isto é ó um sonho...; Onde os dois entrelaçamos as almas, E partimos em busca do Sol. As nossas sombras ficam para trás; Tudo à nossa frente é uma eterna paisagem, Onde os nossos corações se derramam, Tingindo o Sol do amanhã. Deitamo-nos sob um céu salpicado de certezas! E na noite escura arranhada por um brilho de lua, Amamo-nos para sempre! Para ti, Ulla, Com todo o meu amor! Porto, 1 de Junho de 2014 E assim começa a vida… Quando inexplicavelmente mergulhámos no sonho; Fora da realidade - da pele que aprisiona o corpo envenenado pelo pensamento, Explode o momento… Expando-me e navego para longe do meu ser; Estilhaça-se o espelho da vida em mil pedaços, Espalham-se no espaço pequenos reflexos de mim, Voo e vejo-me a voar, Não sei mais quem eu sou! Não quero voltar a ser; E que esta folha branca seja testemunha disso. Voo na escuridão da noite, Sou a electricidade que vos fere a intimidade, A ideia errada no preciso momento. Sou aquele que nunca sonharam ser - O vazio! No meu olhar jaz o sonho do homem. O meu ser reside para lá do horizonte, Á procura de outro olhar. Do meu próprio olhar. Roche Percèe, Abril 2014 Sábado à noite Deambulo por entre espelhos que refletem o meu pensar; Nunca vi nada mais morto do que a cidade que me viu passar - Pois não há obstáculo maior à vida do que a morte por enterrar. Fluem por entre as artérias da cidade bandos de mortos-vivos, Sem direcção, patrulhando sinais subversivos de outras existências. Batem corações encarcerados em teias de pensamentos; Arrastam-se as almas deixando um rasto pegajoso no ar; E colam-se à pele os monstros para me devorar. Que horror que é esta cidade, cadáver por enterrar! Porto, 22 de Julho de 2012 Domingo à tarde Tropeço em mim próprio, o que faço eu aqui? Agarro-me ao Sol. Encontrei um cadáver no caminho; Estava vestido de castanho e cinzento com listas pretas e azuis, Tirei-lhe uma fotografia e deitei-o sobre a terra escura. Chamava-se Gaio. Eu tinha vindo do museu, e vinha envolto por uma fina pelicula pestilenta, Que reflectia o Sol, e Deus (se existisse…); Chamam-lhe Arte, lá dentro; Foi no dia 28 de Julho de 2013, (para que se saiba), O dia em que uma ave morreu. Ainda lá dentro, seres bípedes, educadamente acotovelam-se, tiram fotografias, E consomem oxigénio; Ah, como seria belo ver o fogo a devora-lo (!); Por fim, poder-se-ia respirar dentro daqueles espaços incinerados! - Há mais gado lá dentro do que aqui fora, diz o burro ao pato, - E o pasto aqui debaixo do Sol é tenro, nutritivo, fértil, em suma útil! Se eu fosse burro dava era um coice aquela bosta! Retiro-me educadamente, não sou burro… Porto, 28 de Julho de 2013 Que se celebre o nascimento de uma criança num país renovado.
Que rebentem os petardos anunciando a festa e o fim da usurpação. Que espumem as bocas das garrafas e as bocas de um povo ensimesmado. Que se empanturrem de esperança a pança e o coração. Homens:arregacemos as mangas e elevemos à força e com razão a nação. Mulheres:agarrem nos seus filhos e orgulhosamente apontem: aquele é o teu Pai, este é o teu País. Todos e todas, calorosamentee juntos debaixo do manto da humildade, façamos a revolução! Todas e todos revejam-se, inventem-se de novo, e façamos do nosso lar um lugar feliz. Não derramemos sangue se não soubermos o valor que ele tem. Não derrubemos a ignorância para esconder a nossa própria ignorância. Não julguemos sentados nas mesmas cadeiras do poder. Não condenemos porque somos vencedores, mas porque cremos na justiça. Que poderemos nós dizer, e que já não tenha sido dito? Por que razão não nos levantamos do chão? Se não temos força para erguermo-nos, porque não alcançamos as mãos invisíveis de quem já se ergueu? Vamos porque nos empurram, levantámo-nos porque nos obrigam, e pensamos nós na renovação? A onde vais tu? Canberra. Dezembro de 2012 |
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November 2015
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