Barquinho de papel
É neste barquinho de papel que eu me refugio,
E nele navego para longe, longe de mim;
Pois aqui me encontro perdido na Terra.
Há uma corrente de pensamentos entre o Mar e a Terra que não me deixa partir, que não me deixa ficar. A minha alma enchendo a vela, o meu corpo agarrado à praia.
Exilado do meu País, não tenho Porto para parar,
O vento sopra e eu vou, tenho coração de andorinha, Mas não tenho asas para voar.
E sobre o meu barquinho de papel, derramo o meu ser, confuso, sem norte.
Para que serve a vida? Para nada.
Abriu-se um buraquinho no meu barquinho de papel, do tamanho de um ponto final.
Não me interessa este mundo repleto de nada.
Sobram-me os sonhos onde barquinhos de papel se montam e desmontam;
Todas as noites se armam e nas noites escuras navegam.
ZP
Wyndham, 27 de Abril
É neste barquinho de papel que eu me refugio,
E nele navego para longe, longe de mim;
Pois aqui me encontro perdido na Terra.
Há uma corrente de pensamentos entre o Mar e a Terra que não me deixa partir, que não me deixa ficar. A minha alma enchendo a vela, o meu corpo agarrado à praia.
Exilado do meu País, não tenho Porto para parar,
O vento sopra e eu vou, tenho coração de andorinha, Mas não tenho asas para voar.
E sobre o meu barquinho de papel, derramo o meu ser, confuso, sem norte.
Para que serve a vida? Para nada.
Abriu-se um buraquinho no meu barquinho de papel, do tamanho de um ponto final.
Não me interessa este mundo repleto de nada.
Sobram-me os sonhos onde barquinhos de papel se montam e desmontam;
Todas as noites se armam e nas noites escuras navegam.
ZP
Wyndham, 27 de Abril